
Avanços e desafios enfrentados por diversos setores, como os pescadores e pescadoras artesanais, além da necessidade de políticas voltadas à gestão da água para consumo e produção foram tratados durante a 1ª Plenária Ordinária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado da Bahia (Consea-BA) de 2025. A participação da sociedade civil foi destacada como elemento central para o fortalecimento e monitoramento das ações de governo. O encontro, realizado no auditório do Instituto Anísio Teixeira, em Salvador, até esta quinta-feira (8), reuniu representantes da sociedade civil e do poder público, promovendo uma troca de experiências e reflexões sobre políticas públicas voltadas à segurança alimentar.
A presidenta do Consea-BA, Débora Rodrigues, reforçou a importância do diálogo construído na plenária. “A ideia é que agora a gente possa fazer um bom debate para constituir caminhos para que o conselho possa sistematizar esse debate, apresentar documentos, propostas, encaminhamentos para o Governo do Estado, que é essa a tarefa do conselho”, afirmou a presidenta, abrindo a plenária na quarta-feira (7).
Representando o Governo do Estado, Tiago Pereira, coordenador-geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome, destacou o papel da escuta social na avaliação das políticas públicas. “É importante a gente considerar e saber como está o termômetro de implementação das políticas públicas. E isso é feito a partir do olhar da sociedade civil. Inclusive o Conselho de Segurança Alimentar tem um papel fundamental nesse sentido”, defendeu.
A plenária de quarta-feira também contou com a presença de representantes da Bahia ATER, da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), da Bahia Pesca e de outras instituições públicas. À tarde, as entidades apresentaram suas ações e responderam aos questionamentos levantados durante o debate da manhã.
Para Célia Firmo, coordenadora-geral do Fórum Baiano da Agricultura Familiar, o tema da produção de alimentos saudáveis é central para o fortalecimento das comunidades rurais e urbanas. “Nós, da agricultura familiar, refletimos a necessidade da ampliação de políticas públicas, como o Programa Bahia Sem Fome, como a política estadual de ATER, como as políticas de infraestrutura hídrica, para que a agricultura familiar da Bahia possa, de fato, reunir condições de ampliar a produção de alimentos e alimentar a mesa dos baianos e das baianas”, declarou.
O Consea-BA irá sistematizar os resultados da plenária em documentos e propostas, com o objetivo de contribuir com a execução e o monitoramento do Plano Estadual de Segurança Alimentar, aprovado em fevereiro. O lançamento oficial do plano, com suas diretrizes e metas, está previsto para o mês de junho.
Essa não é a primeira reunião do Conselho. Em fevereiro, foi realizada a I Plenária Extraordinária do Consea-BA, quando na ocasião os membros do Conselho aprovaram o 3 Plansan. (Ascom/BSF)