Home Brasil Pelo menos 50 seções eleitorais serão transferidas por causa da atuação da milícia, diz TRE-RJ

Pelo menos 50 seções eleitorais serão transferidas por causa da atuação da milícia, diz TRE-RJ

por Atitude Notícias
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Em 2022, um grupo montado pelo tribunal percebeu a necessidade da mudança destes locais de votação para evitar interferências dos grupos paramilitares

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro vai alterar para as eleições deste ano pelo menos 50 seções eleitorais situadas em áreas da capital dominadas pela milícia. De acordo com o órgão, esta transferência tem por objetivo garantir que o pleito não tenha a interferência destes grupos paramilitares. O Estadão confirmou a informação nesta sexta-feira, 26.

A necessidade desta mudança começou a ser percebida em 2022, quando o TRE criou uma equipe que fez um levantamento preliminar que constatou a influência de milicianos nas eleições.

Além deste estudo, o órgão vai fazer a reformulação dos locais de votação baseada em dados de inteligência da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária, da Polícia Civil e da Polícia Militar; e, também, dos Ministério Público federal e estadual. Por considerar uma informação sensível, o TRE-RJ não divulgou quais seções mudarão de sede.

O órgão garantiu que os eleitores serão alocados de acordo com as regras vigentes, que é a de proximidade da área de abrangência em que está inscrito.

Outra tarefa do TRE neste pleito será reprimir as fake news e encontrar os candidatos com ficha suja.

Anos anteriores
Em 2022, o TRE-RJ criou para as eleições um Gabinete Extraordinário de Segurança Institucional, que foi chamado de Gaesi, que tinha por alvo reprimir a atuação das milícias e quadrilhas de traficantes que dominam territórios no Estado.

Em suas atividades, o Gaesi promoveu ações de reforço policial nos locais mais ameaçados pelo crime organizado. Nestas áreas, os criminosos ameaçam a integridade física de alguns candidatos e tentam influir no voto dos eleitores.

Já nas eleições gerais de 2018, o Rio de Janeiro passou por uma situação semelhante quando o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) decretou uma intervenção federal na segurança pública do Estado. Naquele período, o pleito contou com a presença das Forças Armadas sob o comando do interventor, general Braga Netto, que em 2022 disputou a vice-presidência na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

(Estadão Conteúdo)

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