Home Auto & Motos Sindicato teme que fábrica da BYD na Bahia vire centro de distribuição: ‘Produção é zero’

Sindicato teme que fábrica da BYD na Bahia vire centro de distribuição: ‘Produção é zero’

por Atitude Notícias
0 comentário

“A condição aqui é mais como centro de distribuição de peças do que uma fábrica, em que o custo vai ser maior. A gente ligou o sinal de alerta”, reclama presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari

Apesar da promessa da BYD em iniciar a montagem de veículos em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), há quem desconfie do compromisso firmado. O Sindicato dos Metalúrgicos do município, por exemplo, solicitou uma reunião com os representantes da empresa por temor de que a fábrica prometida pela montadora se torne apenas uma fábrica de distribuição de peças no estado. 

“A BYD não tem produção no Brasil. É zero. Não tem nada, Está com programação de começar a montagem a partir de outubro, mas nada é certo. Só acredito vendo”, reclama o presidente da categoria, Júlio Bonfim.

Ele ainda questiona: ‘Será que com todo esse crescimento aqui [em relação ao número de vendas], vai ser fábrica de carros? A mão de obra na China é mais barata e explorada”. Segundo Bonfim, a condição na Bahia é importante, mas mais como centro de distribuição, por causa da carência de pontos na América Latina, além de que o funcionamento de uma fábrica é mais custoso. “A gente está se preocupando e ligou o sinal de alerta”, diz. 

Em nota enviado ao CORREIO, a BYD negou as afirmações e informou que a operação terá início em breve, faltando apenas que a planta avance para a produção completa. A reportagem questionou quando começará a produção e aguarda retorno.

No que isso te afeta?

Para o Sindicato, os pontos que chamam atenção são: a demora para início das atividades, aumento da capacidade no transporte marítimo – para mover mercadorias da China para outros países – e o pedido de redução do imposto nas tarifas correspondentes a produções de SKD e CKD – siglas para pré-montagem durante a importação.

“Na capacidade que eles já têm de movimentação, com quatro navios eles abastecem o mercado brasileiro em um semestre, ou até menos tempo. São sinais preocupantes”, estima.

Neste caso, sem a fábrica, há impacto na movimentação econômica na região, incluindo na oferta de empregos prometidos. “Podemos perder a estabilidade dos negócios aqui na Bahia”, ressalta Bonfim. 

Segundo a BYD, a estimativa é que sejam criados 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A empresa reafirmou o compromisso e disse que as vagas serão geradas ao longo do projeto. (Correio24hs)

Você pode gostar

Deixe um comentário