Nas últimas semanas, alguns grandes bancos americanos como JP Morgan, Bank of America e Morgan Stanley melhoraram a recomendação dos ativos de emergentes e de América Latina

Os maiores bancos americanos, incluindo JPMorgan e Bank of America, resolveram dobrar as apostas nos mercados emergentes, que estão sendo beneficiados por uma confluência de fatores, como dólar mais fraco, ambiente econômico mais favorável, situação política e uma esperada recuperação chinesa. E, dentro da região, instituições como o Morgan Stanley veem o Brasil como um dos favoritos para os investidores, por estar “barato” e com a eleição presidencial de 2026 já batendo na porta dos mercados com uma visão predominante de “Lula fora”, o que poderia servir, de acordo com o banco, de trampolim para uma nova política fiscal no País.
Nas últimas semanas, alguns grandes bancos americanos melhoraram a recomendação dos ativos de emergentes e da América Latina. O mais recente foi o JPMorgan, elevando a região para desempenho “acima da média do mercado” (overweight, no jargão financeiro), o que indica aos investidores que chegou a hora de ir às compras.
Para o Bank of America, “nada pode funcionar melhor do que as ações dos emergentes” no cenário atual. “É a hora dos emergentes”, ressaltam os estrategistas do banco, sinalizando que os papéis da região podem bater todas as outras classes de ativos.
Já o Morgan Stanley sugere vender ativos de emergentes, mas está mais otimista com a América Latina, onde prefere o Brasil. O banco voltou a melhorar a visão para ações brasileiras poucas semanas após seu último movimento, também positivo, e que reverteu a posição de cinco meses atrás, quando recomendou aos investidores se desfazerem de seus ativos no País em meio a temores fiscais. Agora, vê o Brasil como overweight.
Para o Morgan, o Ibovespa pode ir a 189 mil pontos em meados do próximo ano, o que representa um salto de 30%. “O Brasil está barato”, afirmam os analistas do Morgan, Nikolaj Lippmann, Juan Ayala e Julia Nogueira.
Nessa linha, a última tradicional pesquisa que o Bank of America faz com gestores mostrou que, para 43% deles, o Ibovespa deve superar os 140 mil pontos ao fim deste ano, o maior porcentual desde a primeira consulta em setembro de 2024.
(Tribuna da Bahia)