Entre os muitos desafios está unir as diversidades do setor em cada região.

O Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro-Bahia) já tem um novo presidente eleito, o empresário André Mascarenhas, da Artecapital Propaganda, de Feira de Santana. Pela primeira vez em 35 anos, a presidência do Sindicato será ocupada por uma representatividade do interior do Estado. A posse está marcada para dia 07 de julho, quinta-feira, às 19 horas, no bistrot Trapiche Adega, em Salvador. Entre os muitos desafios está unir as diversidades do setor em cada região.
André Araújo Mascarenhas, atual Presidente do Sinapro-Bahia (Gestão 2022-2025), fundador e CEO da Artecapital Propaganda. Atua no mercado publicitário há mais de 20 anos, onde se destaca como importante nome na difusão da propaganda no interior do Estado. “Os desafios são muitos, mas motivação não falta. Vamos dar continuidade ao trabalho de Vera Rocha, que teve seu trabalho um pouco prejudicado por conta da pandemia, como eventos presenciais que não puderam ser realizados. Nosso mercado sempre teve destaque no cenário publicitário nacional e vamos continuar impulsionando nossas associadas para alcançar voos maiores. Vamos prosseguir em busca de aprimorar, cada vez mais, nossa performance, através da capacitação, com parcerias de valor, novas ferramentas de trabalho, sempre com foco na profissionalização e na equidade em nosso setor”, destaca André.
Sobre o fato histórico e pioneiro de ser presidente do Sinapro com liderança no interior, já que sua agência é situada em Feira de Santana André comenta: “Esse fato, na verdade, representa a culminância de um processo de interiorização que o Sinapro-Bahia já vem desenvolvendo há quase 10 anos, quando assumi a vice-presidência da entidade pela primeira vez. Mas, integrar as agências do interior do Estado e da capital sempre foi um anseio do Sinapro-BA. E esse movimento sempre esteve claro, no sentido de realizar eventos integrativos que mobilizassem o mercado como um todo. Assim foi e assim continuará sendo.”
De acordo com André, o Sinapro sempre lançou seu olhar para as questões do mercado publicitário, seja da capital, seja do interior. “Cada um com suas questões muito diversas, a depender da região. Quando se fala do Estado todo temos que pensar em Salvador, Feira de Santana e em outras cidades de porte muito menor. Sul e extremo sul também são outras características, por conta disso a propaganda é muito diversificada. E este tem sido um enorme desafio, não apenas em função das distâncias do nosso Estado, que tem dimensões de um país do tamanho da França, mas também por causa da forte concentração da economia. São cenários absolutamente diferentes entre as cidades. Para se ter uma ideia do que estou falando, em 2019, apenas 10 municípios concentravam metade de toda a riqueza gerada na Bahia: 50,6% do PIB estadual ou R$148,6 bilhões, de um total de R$293,2 bilhões. De lá para cá, isso não mudou”.
O momento é de recuperação pós- pandemia, que segundo André trouxe muitas dificuldades, mas que também abriu um mar de oportunidades. “Estamos retomando a normalidade em alguns segmentos mais prejudicados. Mas lembrando que outros foram aquecidos por conta da mesma pandemia. Acabamos optando por algumas modificações e incrementos.Muita gente se adequou aquele novo momento. Tudo depende da região da agência, aquelas que atuavam com o varejo sofreram mais. O comportamento da agência varia muito de acordo com sua carteira de clientes. Quem atuava com indústria reagiu de uma forma, varejo de outra forma e saúde teve um grande crescimento. No varejo houve uma transformação com o e-commerce, que aumentou muito durante a pandemia. Então o mercado como um todo não se comportou da mesma forma”.
Segundo André, durante a pandemia houve perdas importantes, mas também ganhos. O trabalho em home-office cresceu. Foi possível contratar funcionários altamente criativos mas que não moram na mesma cidade. “Antes tínhamos que convencer os dois a trabalharem presencialmente e hoje não precisa mais. Tínhamos pessoas que criavam melhor a noite e por conta do presencial tinham que estar na empresa durante o dia, hoje já não precisa mais isso. Algumas pessoas que levavam quatro (4 dias) para entregar um trabalho levam agora, um (1) dia. Outros precisam sair de casa, sentem a necessidade de ir à empresa trabalhar. Necessitam de outro ambiente. O saldo positivo é procurar adequar os colaboradores. Hoje na nossa empresa temos fisicamente cerca de 20% de funcionários a menos, mas expandimos no Home. O importante é saber como vamos encarar esse novo cenário. Tivemos o rompimento das fronteiras geográficas, a possibilidade de ampliar nosso mercado e nossa força de trabalho. Além do que, a aceleração do digital nos exigiu uma velocidade de mudança e adaptação sem precedentes”.
(Por: Cleusa Duarte)