“Queremos resgatar a dignidade humana” afirma presidente do projeto social Radival Galeano
O ISAS – Instituto de Saúde e Ação Social é um projeto de ação social que beneficia famílias em diversas áreas na cidade de Feira de Santana. O diretor presidente do instituto, Radival Galeano, disse em entrevista ao repórter Edvaldo Peixoto, que “O objetivo das ações do instituto é resgatar a dignidade das pessoas, através de projetos de geração de renda”.
“O ISAS é uma organização social sem fins lucrativos que desenvolve muitos projetos na área de saúde e assistência social, a exemplo da gestão de laboratórios, de hospital de todo o material, de todos os equipamentos da área de saúde e na assistência social atendemos o pessoal das comunidades com aulas de artesanato, violão e alguns projetos de geração de renda. Hoje o nosso foco é o lançamento do projeto Lá no Quintal Tem, que tem por objetivo resgatar um pouco da dignidade das pessoas, da cultura e da geração de renda. Antigamente as famílias se reuniam no quintal para bater papo e hoje desenvolvemos esse espaço agradável. Além disso, havia sempre aquela relação amistosa entre vizinhos: “me consegue uma folha de coentro” e o outro respondia: “lá no quintal tem”, foi a inspiração do nome do projeto. que evoluiu de tal forma que pode estar gerando renda para as pessoas. Quando falamos em geração de renda, pensamos na dignidade das pessoas, acreditamos na renda com dignidade, nosso objetivo é que replique isso em 1.500 casas, porém não temos o recurso necessário, por isso buscamos parcerias, sensibilidade do poder público, do poder privado, das empresas que desejam investir e que tem uma responsabilidade social de ser parceiros nossos e poder replicar isso. Hoje a nossa produção é toda doada para instituições, como escolas públicas e Lar do Irmão Velho. Temos uma produção de 500 a 600 pés de alface mês, fora as frutíferas, alguns temperos, e nosso sonho é poder replicar isso”, disse.
Maria Clara Galeano, engenheira agrônoma, explica como funciona o projeto Lá no Quintal Tem.
“A premissa do projeto é olhar quem tínhamos 200m de quintal sem utilização, segundo, pensar que antigamente tínhamos quintais que eram produtivos principalmente com plantas medicinais e hoje não são utilizadas na agricultura e foram se perdendo. Gosto de trabalhar com hortaliças trazê-las para o ambiente urbano é maravilhoso, em nosso projeto temos a hidroponia, hortaliças em vasos, frutíferas em vasos, plantas ornamentais e horta vertical”, explicou.
Edvaldo Peixoto – Quais são as pessoas beneficiadas pelo projeto?
Maria Clara – Os alfaces colhidos são doados para as escolas públicas municipais e para a comunidade que frequenta os nossos cursos, temos curso de artesanato e as pessoas que frequentam esses cursos, uma vez que não temos uma grande quantidade, são 25 metros quadrados, 125 pés de alface por semana, doamos para essas pessoas.
EP – Frutas em vasos é algo incomum, realmente dá para colher frutas saborosas?
Maria Clara – Sim, já temos uma produção de amoras, cajá, que produz bem, a berinjela já está no terceiro ciclo.
EP – Como é feita a reutilização da água na produção hidropônica?
Maria Clara – Basicamente é uma piscina de criança daquelas de plástico com 20cm de altura com um isopor e um copinho. Colocamos o alface em cima da água, utilizamos uma bomba para dar o oxigênio necessário para a planta e no final do ciclo, o excedente de água utilizamos na horta em vasos, nas frutíferas, armazenamos e reutilizamos.
EP – A água fornece todos os nutrientes que a planta precisa como se fosse plantada na terra?
Maria Clara – Assim como na terra, a água utilizada é adubada, conforme a necessidade em cada período, quando a planta é menor, precisa de uma quantidade diferente de nutrientes e na fase final.
(Reportagem: Edvaldo Peixoto)
