Home Mundo No aniversário da invasão russa, Zelensky promete ‘vitória este ano’

No aniversário da invasão russa, Zelensky promete ‘vitória este ano’

por Atitude Notícias
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Com um ano da guerra, comunidade internacional reforça críticas a Rússia

A Ucrânia prometeu nesta sexta-feira, 24, conquistar a vitória contra a Rússia “este ano” e afirmou que prepara uma nova contraofensiva, no dia em que o conflito bélico mais longo na Europa desde a Segunda Guerra Mundial completa um ano.

Doze meses após o início da invasão, as demonstrações internacionais de apoio a Kiev e de críticas a Moscou são intensas. O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira novas sanções contra a Rússia, com medidas contra bancos e a indústria de defesa, para limitar o acesso de Moscou a tecnologias estratégicas, como os semicondutores.

“Nós resistimos. Não fomos derrotados. E faremos todo o necessário para conquistar a vitória este ano”, afirmou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em um discurso divulgado nas redes sociais.

“A Ucrânia inspirou o mundo. A Ucrânia uniu o mundo”, acrescentou, depois de chamar as cidades de Bucha, Irpin e Mariupol, cenários de crimes de guerra russos, de “capitais da invencibilidade”.

Com a mesma determinação, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, prometeu uma nova contraofensiva: “Atacaremos com mais força e a partir de distâncias maiores, no ar, em terra, no mar e no ciberespaço. Nossa contraofensiva vai acontecer. Estamos trabalhando duro para prepará-la”.

As tropas russas entraram na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Atualmente várias cidades ucranianas estão em ruínas, parte do país vive sob ocupação russa e o balanço de mortos e feridos em cada lado supera 150.000, de acordo com estimativas dos países ocidentais.

“Guerra ilegal”

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou em um comunicado que está “decidida a apoiar a Ucrânia” e pediu ao governo russo o fim imediato de sua “guerra ilegal”. Também exigiu que as autoridades de Moscou respondam por seus “crimes de guerra”.

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, visitou Kiev nesta sexta-feira e deve anunciar a entrega de uma primeira série de tanques Leopard 2 à Ucrânia. 

Em Paris, a Torre Eiffel foi iluminada com as cores da bandeira ucraniana, azul e amarelo. “Povo da Ucrânia, a França está ao seu lado. Pela vitória. Pela paz”, tuitou o presidente francês, Emmanuel Macron.

Em Londres, um minuto de silêncio será respeitado diante da embaixada da Rússia, um momento que terá as presenças de deputados e diplomatas.

Na Alemanha, onde um protesto está programado para acontecer diante da embaixada russa em Berlim, o chefe de Governo, Olaf Scholz, afirmou que Putin “não alcançará seus objetivos imperialistas”.

E outros líderes, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o rei Charles III da Inglaterra, também reservaram palavras de solidariedade para os ucranianos.

A Assembleia Geral da ONU aprovou na quinta-feira, por 141 votos a favor, sete contra e 32 abstenções, uma resolução que exige a “retirada imediata, completa e sem condições de todas as forças militares russas” da Ucrânia.

A China, que tenta se posicionar como parte neutra no conflito, ao mesmo tempo que mantém laços estreitos com a Rússia, apresentou na quinta-feira uma proposta de 12 pontos para uma “solução política” para o conflito, na qual faz um apelo por diálogo, alerta que armas nucleares não devem ser usadas e pede que os civis não sejam atacados.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, expressou ceticismo com o plano. “A China não tem muita credibilidade porque não foi capaz de condenar a invasão ilegal da Ucrânia. E, além disso, assinou alguns dias antes da invasão um acordo (…) de associação ilimitada com a Rússia”, disse. (ATarde)

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