Oklahoma City vence Indiana por 103 x 91 com show do M|VP Shai Gilgeous-Alexander e conquista primeiro título desde 1979, quando ainda era Seattle Supersonics; Haliburton sai machucado no quarto inicial e ofusca brilho da decisão

O troféu da NBA em 2024/25 tem um novo dono. O Oklahoma City Thunder venceu o Indiana Pacers por 103 x 91, neste domingo (22/6), pelo jogo 7 das finais e voltou a ser campeão após 46 anos, a primeira vez desde o fim do antigo Seattle Supersonics. A partida decisiva ficou marcada pela lesão de Tyrese Haliburton ainda no quarto inicial, mas OKC foi soberano nos momentos chave, com brilho do MVP Shai Gilgeous-Alexander, e coroou com o título a temporada dominante como melhor time da liga.
Depois de amargar o vice em 2012 com o Big-3 formado por Kevin Durant, Russell Westbrook e James Harden, o Thunder voltou à glória com outro trio de jovens estrelas. Eleito jogador mais valioso da temporada regular (MVP), Shai foi o cestinha da noite, com 29 pontos e 12 assistências, mantendo a média de mais de 30 pontos na série e ficando com o prêmio de MVP da decisão. Jalen Williams somou mais 20 pontos, enquanto Chet Holmgren teve 18 pontos e 8 rebotes.
“Não parece real. Foram muitas horas, muitos momentos, muitas emoções, noites de descrença, noites que acreditamos. É louco pensar que estamos aqui agora. Esse grupo trabalha para isso, colocamos horas de treino e nós merecemos isso”, disse Shai à TV americana.
Do outro lado, a história de cinema do Pacers teve um capítulo amargo ainda na metade do quarto inicial. Estrela da franquia e autor de bolas decisivas na campanha histórica dos playoffs, Haliburton rompeu o tendão de Aquiles com apenas sete minutos de jogo e caiu aos prantos, precisando sair de quadra carregado. O armador de 25 anos estava jogando no sacrifício após sofrer um problema na panturrilha e somava 9 pontos no confronto, mas o novo problema físico encerrou a participação de um dos favoritos ao prêmio de MVP da série.
O pai do jogador confirmou a lesão ainda durante a partida e Haliburton foi mais uma vítima entre os astros nos playoffs. Adversários de Indiana ao longo do mata-mata, Damian Lillard, do Milwaukee Bucks, e Jayson Tatum, do Boston Celtics, também romperam o tendão de Aquiles e reacenderam o debate sobre o excesso de jogos na NBA. O mesmo ocorreu com Kevin Durant durante as finais de 2019.
Mesmo sem um dos principais destaques, o Pacers seguiu na briga, especialmente pelos 16 pontos do reserva TJ McConnell, os 25 de Bennedict Mathurin e os 16 de Pascal Siakam. Resiliente, a equipe chegou a liderar até o intervalo, quando estava na frente por 47 x 48. No entanto, o Thunder foi dominante no terceiro quarto, vencendo a parcial por 34 x 20 e abrindo a vantagem suficiente para ter conforto até o estouro final do relógio.
Indiana tentou a virada no último período, mas Oklahoma City não deu chance para o adversário e controlou a partida até o fim para ser campeão da NBA pela primeira vez desde 1979, quando ainda era batizado como Seattle Supersonics.
O título do Thunder encerrou o primeiro jogo 7 em uma final desde 2016, quando o Cleveland Cavaliers de LeBron James bateu o Golden State Warriors de Stephen Curry e companhia. É o segundo título da franquia, enquanto o Pacers somou mais um vice, assim como em 2000.
A conquista ainda reforça o período de equilíbrio vivido na NBA, com sete campeões diferentes nos últimos anos. Depois do bicampeonato do Warriors em 2017 e 2018, o troféu ficou com Toronto Raptors (2019), Los Angeles Lakers (2020), Milwaukee Bucks (2021), Warriors (2022), Denver Nuggets (2023), Boston Celtics (2024) e agora o Oklahoma City Thunder em 2025.
(Correio Braziliense)