É difícil duvidar, mas ainda tem (ou pelo menos tinha) gente que é capaz. Amanda Nunes é a maior lutadora da história do UFC e, tranquilamente, está entre os 3 maiores contando feminino e masculino.

O massacre para cima de Julianna Peña fez com que a Leoa recuperasse o cinturão do peso galo e voltasse a ser dupla campeã na organização. Mas, além disso, não deixou dúvidas.
Como a própria Leoa disse na entrevista coletiva após o evento, Julianna Peña teve sorte da brasileira passar por tantos problemas e não conseguir chegar 100% para a primeira luta entre as duas. Amanda teve COVID e uma lesão no joelho durante a preparação para o embate de dezembro, o que muita gente tratou como desculpa.
A performance deste sábado, porém, mostrou que não era uma desculpa, mas sim a realidade: Julianna Peña só bateu a Leoa porque ela estava longe de seu 100%. Quando bem preparada, como foi na última noite, Amanda é superior a toda e qualquer lutadora que já pisou em um octógono para lutar MMA.
Durante cinco rounds, a Leoa brincou com sua comida e divertiu os fãs. Nos dois primeiros assaltos foram 5 knockdowns. Em nenhum deles, Amanda foi finalizar, ao contrário. Ficou provocando, pedindo para Julianna levantar e apanhar mais.
Nos três rounds finais, a brasileira queria apenas deixar claro o óbvio: que é melhor que a venezuelana em tudo, até naquilo que Peña usou para vencer a primeira luta.
Amanda passou a levar o combate para o solo com quedas espetaculares, dominou todas as posições e só sofreu de verdade em um momento do quarto round. No quinto, quase devolveu a finalização da luta anterior, mas o mata-leão acabou não encaixando perfeitamente.
Depois de 25 minutos de combate, veio a constatação do óbvio: vitória por decisão unânime, até com um juiz dando dois rounds 10 a 8 para a Leoa.
Se alguém ainda tinha alguma dúvida, ela foi pulverizada e afogada no sangue de Peña, que pintou o octógono no Texas.
(Por: Guilherme Saco – Foto: Carmen Mandato)