Tricolor segue sem vencer como visitante no returno da Série B

Não foi na noite desta quinta-feira, 8, que o Bahia voltou a vencer fora de casa na Série B, mas numa partida morna e de muitos erros de lado a lado, o empate em 0 a 0 com o Criciúma, pode ser comemorado pelo Tricolor. O ponto conquistado em Santa Catarina não só mantém o Esquadrão na vice-liderança do torneio, agora com 51 pontos, como também abre uma distância de 10 em relação ao Londrina, 5º colocado (a equipe paranaense joga ainda no complemento da 29ª rodada, neste sábado, em casa, contra a Chapecoense).
“É muito importante esse ponto fora de casa. Estamos com essa missão de ter o acesso antecipado. É muito difícil jogar com o Criciúma, que é uma equipe que luta muito, mas a gente soube suportar a pressão. Nesse campeonato, o mais importante é pontuar”, disse o goleiro Mateus Claus em entrevista ao Sportv, após a partida.
Com o ponto conquistado no estádio Heriberto Hülse, apesar dos cinco jogos seguidos sem vencer longe de Salvador, o Bahia está a apenas 12 pontos de atingir os 62 na Série B, o que daria a ele mais de 99% de chances de acesso segundo o departamento de matemática da UFMG, especializado em estatísticas no futebol. O próximo jogo do Esquadrão será novamente fora de casa, na segunda-feira, contra o Sport, na Ilha do Retiro, em Recife.
O jogo
O técnico Enderson Moreira conclamou o time por uma mudança de atitude para voltar a vencer fora de casa, mas o que se viu em campo em Criciúma foi uma repetição dos mesmos problemas de outros insucessos do Tricolor longe da Fonte Nova. O treinador tentou duas mudanças no time, com a saída de Daniel e Marcinho, com as entradas de Copete e André como titulares. Contudo, as alterações não surtiram efeito.
Com Copete como ala e o volante Rezende atuando novamente como um terceiro zagueiro, o Bahia sofreu muito com a cobertura das bolas aéreas pelo lado esquerdo, por onde o Criciúma esteve muito perto de marcar por três vezes, antes dos 30 minutos. Sorte que o time catarinense estava num dia de péssima pontaria nos cabeceios.
Só no último terço do 1º tempo o Tricolor melhorou, fazendo (em compensação) do seu lado esquerdo ofensivo a sua melhor arma, com os apoios de Mugni e Jacaré ao atacante colombiano improvisado como ala. Nenhum dos ataques e chegadas à linha de fundo, contudo, geraram chutes perigosos.
O Bahia voltou do intervalo sem mudanças, mas com uma postura melhor, com as linhas mais próximas e altas. Não chegou a pressionar o Criciúma, mas se lançou mais ao ataque e fez com que o time da casa não importunasse mais a defesa tricolor.
A melhor chance do Esquadrão aconteceu logo no início, numa cabeçada de Ricardo Goulart, após escanteio, que passou perto do travessão de Gustavo. Aproveitando um certo descontrole do adversário, por vários momentos, o Bahia chegava bem ao ataque, mas não acertava o chute final ou o último passe. As mudanças de ambos os lados não surtiram muito efeito e o clima morno da partida seguiu assim até o apito final.
FICHA TÉCNICA:
Criciúma – Gustavo; Cristovam, Zé Marcos (Jajá), Rayan, Hélder; Serrato (Rômulo), Arilson, F. Mateus (Ítalo), Thiago Alagoano (Gedeílson), Hygor; Caio Dantas (Fernando Viana). Técnico: Cláudio Tencati
Bahia – Mateus Claus; André (Marcinho), Ignácio, Gabriel Xavier, Rezende; Patrick, Mugni (Emerson Santos), R. Goulart (Daniel); Jacaré (Raí), Copete, Davó (Ytalo). Técnico: E. Moreira
Local: Estádio Heriberto Hülse, em Criciuma (SC)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Fifa-SP)
Assistentes: Luiz Alberto Nogueira (SP) e Anne Kesy de Sá (Fifa-AM)
VAR: Wagner Reway (PB)
Cartões Amarelos: Cristovam (Criciúma); Ignácio e Mateus Claus (Bahia)
Público: 14.023 pagantes
Renda: R$ 278.280,00
(ATarde – Foto: Lucas Sabino)