De acordo com agência ucraniana, usina de Zaporizhzhia foi desconectada da rede elétrica por medida de segurança. Local está ocupado por tropas russas e é palco de intensos combates.

A Ucrânia anunciou neste domingo (11) que desligou, por questões de segurança, o último dos seis reatores que ainda estava em operação na usina nuclear de Zaporizhzhia, atualmente ocupada por tropas russas. Com isso, a planta foi desconectada da rede elétrica e deixa de gerar eletricidade.
“Estão em andamento os preparativos para o resfriamento do reator e a sua transferência para o estado frio”, divulgou a agência nuclear estatal da Ucrânia, Energoatom, em comunicado.
A maior usina nuclear da Europa foi tomada por forças russas nos primeiros dias de sua invasão ao país vizinho, e se tornou palco de violentos combates após investidas das tropas locais para tentar retomar o controle da usina.
A maior usina nuclear da Europa foi tomada por forças russas nos primeiros dias de sua invasão ao país vizinho, e se tornou palco de violentos combates após investidas das tropas locais para tentar retomar o controle da usina.
Um funcionário da agência nuclear da Rússia confirmou o desligamento da usina. A operação ocorreu poucos dias após a divulgação do relatório dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre as condições do local.
Situação preocupante em Zaporizhzhia
Antes do anúncio do desligamento da usina, os presidentes da Ucrânia e da França, Volodimir Zelenski e Emmanuel Macron, insistiram na necessidade de garantir a segurança de Zaporizhzhia, alertando para a “situação muito preocupante” vivida no local.
De acordo com o Palácio Eliseu, em conversa telefônica, os dois presidentes reiteraram o apoio ao trabalho da AIEA, que na sexta-feira tinha alertado para a “situação insustentável” na usina devido ao corte no fornecimento de energia elétrica.
Zelenski e Macron exigiram a retirada das tropas russas da região para garantir a segurança em Zaporizhzhia. “A nossa posição é que a única maneira de proteger a Europa de um desastre nuclear é desmilitarizar a região da usina”, afirmou o presidente ucraniano.
Na quarta-feira, o governo ucraniano pediu aos moradores das áreas ocupadas pela Rússia próximo à usina para deixarem o local para garantir sua segurança. Moscou e Kiev se acusam mutuamente de bombardear a usina nuclear e arriscar um desastre nuclear. (G1)
