Brasil votou com a maioria e também não reconheceu a medida

A Assembleia Geral das Nações Unidas, que aconteceu nesta quarta-feira, 12, condenou a anexação da Rússia de quatro partes parcialmente ocupadas na Ucrânia. Com o objetivo de reforçar o isolamento diplomático internacional de Moscou, a entidade pediu a todos os países para não reconhecerem a medida.
Dos 193 membros da assembleia, 143 votaram a favor da resolução da ONU, que reconhece a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia dentro de fronteiras reconhecidas internacionalmente. Apenas Síria, Nicarágua, Coreia do Norte e Bielorrúsia votaram a favor de Moscou. Outros 35 países se abstiveram da votação, incluindo a China, parceiro estratégico russo.
Nos últimos dias, a Rússia oficializou a anexação das regiões Zaporizhzhia, Kherson, Luhansk e Donetsk. Referendos realizados por Moscou foram supostamente aprovados pela população local.
Posição do Brasil
O Brasil foi um dos países que condenou a anexação. O Itamaraty reforçou a ideia de que o país “não acredita que populações em áreas de conflito possam expressar livremente sua opinião por meio de referendos”. E que “os seus resultados não constituem uma expressão válida da sua vontade e não podem ser considerados legítimos”.
“Votamos a favor também porque defendemos o princípio da integridade territorial da Ucrânia, como de todos os estados membros. O direito internacional e a Carta da ONU devem ser respeitados e preservados”, disse a representação brasileira.