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Apresentador é processado após criticar patrocinador e ofender acompanhantes

por Atitude Notícias
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Site Fatal Model acusou o apresentador Uziel Bueno de dar declarações preconceituosas ao criticar patrocínio ao Vitória

O apresentador Uziel Bueno, titular do Brasil Urgente na TV Band da Bahia, foi processado pelo site Fatal Model, que anuncia acompanhantes profissionais. O comunicador é alvo de ação por difamação. A empresa afirma que Uziel fez comentários ofensivos ao negócio e às prostitutas durante o programa.

A declaração foi feita em fevereiro. Na época, Uziel Bueno comentava a respeito do patrocínio do Fatal Model e Vitória, time de futebol baiano. O apresentador acusou o site e o clube de exploração do trabalho de prostitutas, e usou uma espécie de chicote no chão, enquanto exibia vídeos de uma acompanhante que trabalha no site.

Em nota de repúdio, o site afirmou que os comentários de Uziel são “retrógrados” e “misóginos”, e atingem uma comunidade de 1,5 milhão de acompanhantes.

“As falas mentirosas e criminosas do senhor Uziel Bueno representam o estigma e a perpetuação da opressão e intolerância contra mulheres e profissionais acompanhantes”, diz um trecho da nota.

“Além das falsas associações à exploração sexual, as afirmações do apresentador também são ofensivas ao patrocínio histórico do Esporte Clube Vitória. Acompanhar de perto e apoiar profissionais que lutam por respeito, dignidade e segurança é uma ação corajosa e digna de elogios, e não um sinal de ‘estar no fundo do poço’, como disse o apresentador”, continua a empresa.

O Fatal Model afirma que é uma plataforma de marketing para acompanhantes profissionais, e não se trata de cafetinagem ou agenciamento. A Band Bahia informou ao Terra que não irá se pronunciar sobre o assunto. Uziel Bueno ainda não comentou sobre o processo.

Nota de repúdio do site Fatal Model:

“Nesta sexta-feira (10/2), o apresentador Uziel Bueno manifestou, durante edição ao vivo do programa Brasil Urgente Nordeste, veiculado pela TV Band Nordeste, declarações preconceituosas e inaceitáveis contra mulheres e profissionais acompanhantes, ao repercutir a notícia do patrocínio histórico firmado entre o Esporte Clube Vitória e a plataforma de acompanhantes Fatal Model, o maior da história de mangas do clube, anunciado nesta mesma sexta-feira 10. O Fatal Model repudia veementemente os comentários retrógrados e misóginos proferidos contra o acordo, que atingem uma comunidade de 1,5 milhão de acompanhantes brasileiros na pessoa da sua porta-voz, a acompanhante Nina Sag, e informa que deve acionar judicialmente o senhor Bueno.  As falas mentirosas e criminosas do senhor Uziel Bueno representam o estigma e a perpetuação da opressão e intolerância contra mulheres e profissionais acompanhantes.  

Todos os veículos da imprensa receberam informativo impresso com esclarecimentos sobre o modelo de negócios do Fatal Model, como funciona a plataforma e a parceria com o clube Vitória. Logo, o apresentador atuou em deliberada má-fé, com intolerável viés sensacionalista, e negligenciou os fatos, ao proferir sentenças esdrúxulas e julgamentos caluniosos. Vale lembrar que o jornalismo tem por premissa básica  o papel de informar e esclarecer, não de julgar e ofender. 

Além das falsas associações à exploração sexual, as afirmações do apresentador também são ofensivas ao patrocínio histórico do Esporte Clube Vitória. Acompanhar de perto e apoiar profissionais que lutam por respeito, dignidade e segurança é uma ação corajosa e digna de elogios, e não um sinal de “estar no fundo do poço”, como disse o apresentador. A parceria com a plataforma Fatal Model, além de ser inédita, é uma demonstração clara do compromisso do clube com a luta pela igualdade e pelo empoderamento desses profissionais, que são reconhecidos pelo Ministério do Trabalho. Repudiamos firmemente a desconsideração do jornalista quanto a esta iniciativa de grande importância social. O Fatal Model tem muito orgulho do patrocínio histórico realizado junto ao centenário Esporte Clube Vitória. Um posicionamento inédito de empoderamento e de dignidade para com profissionais que são reconhecidos pelo Ministério do Trabalho.

Ator de transformação social 

Estamos falando de uma plataforma que recebe 26 milhões de pessoas por mês, o que representa 12% da população brasileira, o maior site dessa natureza do País.  Como plataforma de marketing para acompanhantes, o Fatal Model busca dar apenas visibilidade, sem participar ou lucrar com a prestação do serviço em si. O faturamento se dá por meio de impulsionamento de anúncios e liberação de conteúdos exclusivos, do mesmo modo que importantes redes sociais da atualidade.

É uma plataforma de mídia, sem absolutamente nenhuma relação com nada que se relacione à cafetinagem ou ao agenciamento. Qualquer analogia similar é degradante e caluniosa. 

Também cabe frisar que a prostituição no Brasil é uma ocupação profissional reconhecida pelo Ministério do Trabalho desde 2002, que não possui restrições legais enquanto praticada por adultos.

Além de atuar em conformidade com a legislação brasileira, ao promover a digitalização dos profissionais da área, o Fatal Model se mostra, na verdade, uma importante ferramenta no combate à cafetinagem, ao agenciamento e à exploração sexual nas ruas e em outros locais. O propósito da plataforma é justamente promover o respeito, a segurança e a dignidade a esses profissionais. 

Todo o trabalho de marketing realizado pela plataforma Fatal Model em partidas de futebol, podcasts e outros meios de comunicação tem como objetivo combater o preconceito e auxiliar os profissionais a terem respeito, segurança e dignidade. Ou seja, evitar, justamente, que episódios como o da última sexta-feira aconteçam.

Calúnia e incitação à violência

Durante o programa, o referido apresentador tenta, erroneamente, associar o Art. 230 do Código Penal, que trata sobre exploração sexual, o crime de cafetinagem, com a plataforma Fatal Model e chama, pejorativamente, o presidente do tradicional clube baiano, Fábio Mota, de “Fábio Rufião”. Essas declarações são inaceitáveis e totalmente desprovidas de respeito e zelo com a verdade.  

Além de relacionar falsamente a plataforma Fatal Model e o presidente do Esporte Clube Vitória Fábio Mota ao crime de cafetinagem, o apresentador incitou a violência, travestida de uma malograda tentativa de imprimir humor ao seu misancene. Durante a condução do programa, o senhor em questão recorreu a gestos violentos, como a aplicação de chicotadas no chão, enquanto exibia a imagem da profissional Nina Sag. Esse tipo de conduta é inaceitável e não tem lugar na sociedade. 

A plataforma reitera que não permitirá que esse tipo de atitude se perpetue impunemente. Por isso, está avaliando com o corpo jurídico todas as opções legais para garantir o respeito à marca Fatal Model, à profissional Nina Sag e a todos os profissionais que ela representa. E aguarda a retratação do citado apresentador.” (Terra)

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