Home Mundo Zelensky afirma estar disposto a ter conversas diretas com Putin

Zelensky afirma estar disposto a ter conversas diretas com Putin

por Atitude Notícias
0 comentário

Presidente da Ucrânia afirmou ainda que outros países da Europa devem participar das negociações para um cessar-fogo. Guerra completa três anos no dia 24 de fevereiro.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que está disposto a manter conversas diretas com o líder russo Vladimir Putin para terminar a guerra que já dura quase três anos. As afirmações foram feitas durante uma entrevista, exibida nesta segunda-feira (4).

“Se esta é a única forma na qual podemos levar a paz aos cidadãos da Ucrânia e não perder gente, sem dúvida apostaremos por esta configuração”, declarou Zelensky ao jornalista britânico Piers Morgan.

Zelensky disse que pode negociar o fim do conflito por meio de vias diplomáticas, com conversas e negociações envolvendo outros países da Europa. Ao mesmo tempo, o presidente ucraniano indicou que não é hora de aliviar sanções impostas pelo Ocidente à Rússia.

“Se as sanções forem removidas, eu acredito que o risco de uma segunda invasão aumentará”, afirmou.

A Rússia invadiu a Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022. De lá para cá, o território ucraniano foi alvo de bombardeios constantes. Já o governo russo anexou ilegalmente regiões da Ucrânia. A ação, no entanto, não foi validada por organismos internacionais.

Vários países da Europa e os Estados Unidos forneceram ajuda financeira e armas para a defesa da Ucrânia. Nos últimos meses, Kiev também passou a atacar diretamente a Rússia, inclusive com o uso de mísseis norte-americanos.

Zelensky diz ter um “plano da vitória”, que inclui a entrada do país na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o reforço da defesa ucraniana, e um pacote de dissuasão estratégia não nuclear para conter a Rússia.

Por outro lado, o governo dos EUA pode pôr em prática um outro plano, que não estaria de acordo com a vontade de Zelensky. A estratégia foi traçada pelo general Keith Kellogg, nomeado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, como um enviado para acabar com o conflito.

Entre os pontos do plano de Kellogg estão:

Entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) seria adiada.

Todas as linhas de batalha seriam congeladas para o início das conversas para um cessar-fogo.

EUA só fornecerão mais armas à Ucrânia se o país participar de negociações de paz.

Rússia seria alertada de que os EUA aumentariam o apoio à Ucrânia caso se negue a negociar um acordo para o fim da guerra.

Especialistas afirmam que a estratégia americana provavelmente resultaria para a Ucrânia na perda definitiva de territórios para a Rússia.

Além disso, um veto temporário da Ucrânia na Otan atenderia aos interesses de Putin, que argumenta ter iniciado o conflito diante da ameaça de Kiev ingressar na aliança.

Na visão do presidente russo, o Ocidente descumpriu uma promessa feita em 1990 de que a Otan não expandiria “nenhuma polegada na direção do Oriente”. (OGlobo)



Você pode gostar

Deixe um comentário